quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

SHAKESPEARE


Depois de algum tempo você percebe a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não te ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. SHAKESPEARE

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

PARA LER MAIS


A leitura é um meio poderoso de acesso ao mundo. Ela nos edifica para a vida e até nos prepara para uma boa morte. Acrescenta conteúdo, soma referência e promove comparação. Traz informação que viabiliza o posicionamento para os processos da nossa vida enriquecendo-nos em recursos.
É meio para o lazer ou para o trabalho.
A leitura transcende os processos humanos de aplicação dos sentidos. O deficiente visual lê em braile, o deficiente auditivo lê sinais de mão. É um meio específico para a leitura do mundo já que ler faz parte da natureza humana.
O aprendizado para a leitura resumido no alfabetismo consiste na entrada do individuo para o mundo civilizado, dando-lhe oportunidade de galgar todos os degraus oferecidos pela sociedade do mundo.
Educamos a leitura para educarmos pela leitura.
As nações mais civilizadas e evoluídas são mais leitoras.
Atualmente temos acesso a todo conhecimento desenvolvido pela humanidade, através da leitura.
O mercado literário e editorial oferece uma infinidade de opções de conhecimento para o desenvolvimento autodidata. Minha opinião é que só a prática substitui a leitura, e a leitura pode levar a práticas mais elaboradas.
Que mundo teríamos sem a leitura ?. Como seria, se a humanidade não tivesse evoluído seu processo de comunicação ? Certamente continuaria sua evolução, ainda que sem a ajuda desse desenvolvimento do intelecto.
Os desdobramentos registrados pela história com o advento da escrita, traduzem saltos evolutivos nas culturas do passado. Assim como a promoção do alfabetismo para as massas, constitui para o registro dos fatos da humanidade um divisor de águas.
Hoje, todas as sociedades civilizadas da terra, têm como princípio base, o alfabetismo como meio de integração social do indivíduo.
Há, porém, a falta do estímulo da leitura como meio livre de crescimento pessoal. A motivação para a leitura deve estar inserida na cultura geral dos povos.
Um povo, para ser bem formado, precisará de líderes bem informados. Todas as culturas religiosas possuem registros escritos de seus princípios e a leitura dos mesmos é estimulada como principal prática para o desenvolvimento da espiritualidade no comportamento dos grupos e membros.
Todos os governos possuem registros escritos da constituição que norteia os rumos das nações e a leitura constante de seus princípios é o principal meio para a decisão dos atos de justiça na sociedade.
Qualquer grupo que se uma em torno de propósitos comuns, registra seus códigos base como referência para sua filosofia e prática.
Leia!
Leia mais!
Estabeleça-se no futuro do presente. Torne-se mais consciente dos rumos de sua história. Assuma o apito no jogo de sua vida tornando-se leitor assíduo.

O selo na coroa dos Reis


Vocação é a habilidade natural que temos para desempenhar uma função ou desenvolver uma carreira profissional. A vocação numa pessoa é o que a convida constantemente a fazer algo numa certa direção. É o que, quando seguido, produz alegria, satisfação e realização.

Biblicamente, a vocação está para o ser humano como a maternidade está para a mãe, como o brincar para a criança.

É função do homem descobri-la em si e buscar aplicar-se em seu caminho. É o dom natural que todos recebemos ao nascer. Um amigo, certa vez, comentou acerca da vocação: “como é bom saber que Deus tem algo exclusivamente para mim”. Ele agradecia pelo fato de o criador ter-lhe dado um caminho seguro a seguir, um caminho do qual não há erro.

Particularmente deparei-me com esse erro ao longo de minha vida, busquei o dinheiro à frente da vocação. Outro erro foi acreditar por um tempo que “você deve fazer o que dá pra fazer em vez de ficar procurando o que gosta”

Percebi tardiamente que, fazer o que dá pra fazer e não o que se gosta, gera o fruto da angústia. Ninguém consegue ser feliz assim, ninguém merece trabalhar para ser infeliz.

Fui um mal profissional por muito tempo a não ser nos momentos em que, por hobby, busquei fazer o que me satisfazia.

Ora, o que há de mau numa pessoa fazer o que gosta? Vejo como o criador, o Pai celeste é bom, fez-nos para desempenhar bem apenas aquilo que nos satisfaz.

Moldou-nos de tal modo que ao conquistarmos nosso pleno desenvolvimento vocacional estamos satisfazendo a Ele, devolvendo multiplicado o dom que nos foi confiado.

Não é pequeno o peso do conselho contido na passagem Bíblica da segunda carta do apóstolo Pedro no capítulo 1 e verso 10: “Portanto, irmãos, procurem fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis”.

Buscar uma profissão apenas pelo muito dinheiro que pode proporcionar é como negar a si mesmo. O mundo está cheio de maus profissionais que correram atrás do pote de ouro no final do arco-íris. Não se realizaram pois entraram pelo caminho do erro, um caminho escuro e de frustrações, prestam um mau serviço, estão sempre de cara fechada e têm uma vontade fraca

Havemos de esquecer dos concursos públicos que sinalizam apenas o salário no final do mês. Havemos de lutar contra o peso do tradicionalismo familiar que estabelece uma continuidade cega aos seus descendestes convencidos pela nobreza do sobre nome, pela fama, pelo status. Esses méritos devem ser conseqüência de uma carreira fincada no sucesso de um profissional antes de tudo vocacionado para o posto que desempenha. São méritos sim, mas para aquele que primeiro foi honesto consigo mesmo. Havemos de deixar de lado as ilusões da vaga exclusiva no estacionamento da multi nacional, a segurança do emprego no funcionalismo público, antes de ter a firme certeza de estar buscando o caminho certo pelo motivo certo, que é o da vocação.

Nunca li uma história de sucesso contada por alguém que não fosse vocacionado para o que fez. Airton Senna, Roberto Carlos, Pelé, se você olhar bem na etiqueta que está no interior doa coroa desses reis, poderá ler a palavra que os assemelha: VOCACIONADO.

Felizmente, para os que não estão no caminho certo ainda há uma salvação, voltar-se para o caminho.

Um amigo contou-me sobre um senhor que após sua aposentadoria, voltou-se para sua verdadeira vocação. Trabalhava horas a fio, com alegria que nunca antes sentira. Montou em sua casa mesmo, uma oficina de marcenaria, trabalho que só fizera como hobby por quase toda a vida sem saber que era sua verdadeira vocação. Criava, desenhava, fabricava e dava acabamento em belíssimas peças de mobiliário as quais presenteava amigos e parentes que fazia felizes com o fruto de sua felicidade até que passou a vender e ganhou com esse novo trabalho o bastante para um pé de meia que nunca conseguiu fazer durante toda sua vida profissional.

Um pesquisador alemão radicado nos estados unidos, descobriu e deu o nome de “fluxo”, ao estado alcançado no trabalho em que se gosta muito e se envolve.

Nesse estado interno, alcançamos um nível altíssimo de produtividade, eficiência, rapidez e prazer, não encontrado em outra situação qualquer. Percebeu-se através de pesquisas, que esse estado só é alcançado em verdadeiros vocacionados para aquilo o que realizam.

Buscar a verdadeira vocação é o caminho seguro para a realização profissional.

Qualquer profissão pode render bem se o trabalhador acertou o alvo.

Há uma passagem Bíblica que mostra a possibilidade de se reverter os passos para um caminho de felicidade seguro, relatada por alguém que por algum tempo julgava estar no caminho certo e após ser-lhe revelado seu engano passou a caminhar em sua nova rota. Está na carta aos Filipenses, capítulo 3, versos 13 e 14: “irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Persiga esse alvo, e você também vai encontrar sua coroa.