sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Religião, eis a questão!



De que grupo religioso você participa?

- eu heim! Quero é distância de religião, do jeito que as coisas andam..., diria você.
Realmente as coisas para os grupos religiosos não andam nada bem. Alguém poderia observar sobre cada um dos maiores grupos religiosos do mundo atual que: muçulmanos praticam atentados em nome de Ala, padres católicos praticam pedofilia e cristãos protestantes são condenados por suspeita de mau uso do dinheiro da fé pública e os judeus não cansam de fazer guerra com seus vizinhos por um pedaço de terra.

Assim, contando que você não se encaixe em nenhum dos três anteriores, talvez caia bem ser hinduísta e adotar alguns dos milhares de deuses de seu panteão, já que as teologias do Deus único não parece estar levando seus seguidores para um reto caminho e você, claro, não quer fazer parte dessas barbaridades que se ouve falar nos jornais.

Há, está cansado de frustração e sofrimento? Dê uma olhada no budismo onde suas bases são: tudo é impermanente, a realidade é imutável, e não existe nada em nós de realidade metafísica, nada de indestrutível. Os ser está submetido ao ciclo de nascimentos e mortes (samsara) enquanto a conseqüência da ação (karma) não for interrompida. A existência está sujeita ao infortúnio, que se manifesta pelo sofrimento, doença e morte. O essencial do pensamento budista está enunciado nas Quatro nobres verdades: 1ª a existência humana é sofrimento; 2ª a causa do sofrimento é o desejo; 3ª para se libertar do sofrimento, é preciso suprimir a causa; consumido o karma, o ser será libertado do samsara; 4ª o caminho aberto do Buda (Do sânscrito budh, desperto, esclarecido, iluminado) conduz ao último propósito da vida, o nirvana, que põe fim à sucessão de nascimentos e liberta o homem definitivamente pela iluminação (bodhi), da qual Buda é o exemplo. É importante ressaltar que o budismo sofreu modificações na medida em que foi introduzido em outras culturas e foi reformado. Hoje temos variações conhecidas como budismo indiano, budismo chinês, budismo japonês, budismo tibetano.

Bem, se seu perfil é mais naturalista, então dê uma olhada na religião japonesa xintoísmo, onde os deuses são a personificação das forças naturais e os espíritos dos antepassados são igualmente considerados como deuses.

Mas se você é mais moderno e acredita que esses códigos religiosos com seus antigos livros são ultrapassados e já não refletem a realidade, que tal, por exemplo, o espiritismo, uma doutrina que professa o aperfeiçoamento moral do ser humano a partir de ensinamentos e orientações manifestados pelas almas ou espíritos dos mortos. No espiritismo a alma sobrevive aos corpos, diferente do budismo onde, após o nirvana, o ser se desintegra no todo cósmico, no espiritismo está a reencarnação necessária para a continuidade no processo evolutivo, processo onde o ser, quando plenamente evoluído vai para outros planetas continuar esse processo , terminando assim sua expiação na terra. Uma vez desencarnados, os espíritos se comunicariam com os vivos através dos médiuns, segundo determinadas práticas. O senso de responsabilidade moral preconizado pelos espíritas supõe o incremento da solidariedade humana, o que justifica a preocupação com as obras de assistência social e o compromisso com a confraternização da humanidade. Embora as tentativas de comunicação com os mortos datem de épocas remotas, o espiritismo, tal como conhecemos hoje, só foi codificado e organizado por Allan kardec, na segunda metade do séc. XIX..
Como o budismo, o espiritismo também sofreu um esfacelamento na sua forma de experimentar a doutrina.

Certamente são muitas as opções. Mais certo ainda é que: “mal com elas, pior sem elas!”. É notório que os juizes de direito reconhecem a “utilidade pública” das religiões, eles têm ciência do grande serviço que a instituição Igreja presta à sociedade ao encaminhar a ela um sujeito com princípios de moral e boa conduta. É um trabalho a menos para o estado. Também reconhecem, por exemplo o inestimável trabalho dessa gigantesca estrutura, no tocante à recuperação de drogados, encarcerados, doentes, prostitutas e marginalizados de toda sorte. É a escola para a vida correta e o hospital dos doentes da alma. Nem sempre seus líderes dão o melhor exemplo, mas também é verdade que os grandes escândalos que a mídia se encarrega de veicular, acabam passando a mensagem de que todo o sistema esteja doente, o que não reflete a realidade. Outro fato que não reflete a realidade é quando observamos redes de televisão, declaradamente apoiadoras de certa religião, encobrirem as mazelas de suas protegidas e lembrarem-se das outras “concorrentes” apenas nos momentos de queda moral. Os canais de televisão não estão sozinhos nesta batalha, as revistas de informação e os jornais parecem se deliciarem com as altas tiragens de certas capas quando denunciam os descaminhos do clero.

Normalmente o cristianismo protestante é o mais atacado. Já foi dito que “jogar pedra em cristão virou esporte de massa”. A igreja católica com sua estrutura nababesca mundo afora, com seu tradicionalismo e principalmente com seu poder de influência histórica, ainda mantém fortes vínculos não apenas políticos junto ao estado, mas também na formação cultural do povo que nasce, cresce e adquire comportamentos católicos por influência direta e indireta mesmo sem freqüentar sua igreja. É certo que, apesar de seus pontos fracos, a igreja católica, enquanto instituição religiosa, também dá sua parcela de apoio através da abra social, porém, também possui seus erros, alguns deles historicamente, muito graves. Alguns desses erros é que deram vazão ao espírito da reforma protestante desencadeada por Martinho Lutero que não poupou se próprio status de padre para lutar por ideais de uma instituição mais ao molde da bíblia e menos ao molde do homem.

Vejo no cristianismo protestante uma forma mais pura de busca de Deus. Há um algo a mais no menos do protestantismo. Desconsiderando seus erros internos e a má conduta daqueles que não professam bem a doutrina do cristianismo de forma geral, percebo que o posicionamento protestante é um caminho mais leve para seu seguidor. É claro que sua comparação direta deve ser feita de imediato com o catolicismo romano. E o protestantismo é por definição católico, uma vez que o termo signifique religião universal, porém não romano, mas protestante. Sua identidade existe da necessidade em manter a essência das doutrinas bíblicas originais.

O cristão protestante entende que a bíblia explica-se por si própria. É seu único livro de fé e prática, não há outro, ainda que outros tantos sejam utilizados em estudos para o melhor entendimento e aprofundamento de sua revelação. Tem em Jesus seu único e suficiente salvador, não havendo necessidade de outro intercessor entre o homem e Deus. Jesus Cristo é o Messias prometido do Antigo Testamento, o que havia de vir para livrar o mundo de seus pecados e restaurar a aliança da humanidade com o seu criador dando-lhes o direito de serem feitos filhos de Deus através da fé no sacrifício venal de Jesus. Jesus Cristo é o filho de Deus que encarnou entre nós, tendo nascido de uma mulher virgem e sendo gerado do espírito santo de Deus. Veio para a terra para fazer a vontade do Pai, o que foi realizado através de sua morte e derramamento de sangue e conseqüente ressurreição dos mortos, tendo vencido as forças do mal que prendiam os homens nas trevas de seu espírito e natureza caída. Revelou a luz que faltava para a humanidade dando princípios e doutrinas para seu crescimento moral e espiritual possibilitando ao homem, caído, voltar a ter comunhão direta com o Pai sem precisar de sacrifícios quaisquer, uma vez que o sacrifício necessário para essa redenção já fora feito na oferta voluntária da vida de seu filho que não tinha pecado e se ofereceu como sacrifício vivo para nosso resgate. Esse ato de Deus é a maior demonstração de seu amor pela sua criação, o de dar seu único filho para que todo aquele que nele crer não morra para sempre, mas tenha vida eterna em sua comunhão. Essa é a obra da infinita misericórdia de Deus, que é bom e quer que todos venham a ser salvos da condenação do pecado. Ao aceitar o sacrifício de Jesus como suficiente para sua salvação, o ser humano passa a ter sua vida amparada pelo espírito santo de Deus, o que faz com que a luz que Jesus trouxe ao mundo seja-lhe revelada aos poucos em forma de conhecimento e sabedoria, o que resulta numa vida de santificação espiritual onde o homem alcança a verdadeira paz e felicidade. O homem não deixa de sofrer na terra mesmo após aceitar a Cristo como seu único e suficiente salvador, mas ganha em cristo, um verdadeiro amigo que vai lhe ajudar a carregar a carga de sua vida tornando-a leve e suave. Cristo afirmou: “eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao pai, senão por mim.”

Seguindo a Cristo o homem consegue sua verdadeira libertação dos desígnios de sua natureza caída e torna-se um herdeiro da natureza divina.

Gosto do cristianismo assim, pois vejo nele um caminho verdadeiro. Não há outro mais perfeito em meu entendimento. Já caminhei por outras estradas, já tomei alguns atalhos e nunca vi outro mais perfeito que o caminho que Deus nos oferece através de Jesus Cristo. Não é exatamente um caminho de rosas, aliás muito ao contrário, ainda que o aroma de suas flores suplanta em muito a aspereza de seus espinhos.

Sugiro que você conheça melhor essa “religião”, caso não possua outra. E mesmo que já tenha outra, não deixe de conhecer. Não se deixe enganar pelas facilidades do mercado evangélico da prosperidade rápida e fácil pois isso não existe, mas guie-se pelo estudo sério das escrituras e com o acompanhamento de alguém verdadeiramente vocacionado e conhecedor, para desenvolver em você o pleno conhecimento dos caminhos de Deus.

Graça e Paz.